Uma nova criptomoeda no sistema financeiro nacional

O Banco Central do Brasil – BCB apresentou esta semana o projeto de lançamento de uma nova moeda digital, popularmente chamada pelo próprio Banco Central de “Real Digital”.

A criptomoeda, da moeda Real, será lançada no auge da busca por investidores em criptomoedas que apresentam a possibilidade de ganhos elevados, embora com riscos elevados de perdas.

A nova moeda digital possibilitará ao Banco Central do Brasil a emissão de moeda a um custo substancialmente menor que a colocação de papel, títulos do tesouro nacional, no mercado, bem como a operacionalização em plataformas eletrônicas. Ou seja, o Banco Central aumentará a concorrência, pela poupança dos agentes econômicos, com a iniciativa privada que são as empresas listadas na bolsa de valores B3.

Esta nova moeda estará alicerçada e controlada pelo Banco Central do Brasil e lastreada na moeda Real, diferentemente das criptomoedas já existentes com a bitcoin que não tem lastro.

Evidentemente o BCB demonstra a preocupação com a prevenção a lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa de acordo com a legislação vigente.

Com emissão diretamente pelo BCB, a criptomoeda será uma extensão da moeda física com a distribuição aos agentes econômicos apoiada por custodiantes do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro, totalmente aderente às regras de segurança vigentes no país.

Seria esta nova moeda uma alternativa de investimento similar à bitcoin?

A resposta é, Não!

A criptomoeda bitcoin não tem lastro, não tem controle centralizado de sua emissão, não tem regulação por banco central e não há acompanhamento por autoridade do sistema financeiro nacional de suas transações, devendo ser geradas e armazenadas em computadores dos seus investidores utilizando como estratégia o blockchain.

Na proposta apresentada pelo Banco Central do Brasil, quanto ao lançamento do Real Digital, a criptomoeda digital estará lastreada e devidamente controlada por entidade reguladora e com controle e centralização de sua emissão.